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A fábula dos dois lobos

Como você se alimenta?


Fontes: (1) MUNHOZ, JÚLIA. Instagram para Negócios . DVS Editora. Edição do Kindle; (2) VIEIRA LAURIA, PAULA. DOIS LOBOS: A dualidade da mente humana (pp. 7-8). Fontenele. Edição do Kindle.



A dualidade que habita nas pessoas remete ao quanto compreender a mente humana é fundamental. Não se trata de fazer uma análise tradicional, seja pela filosofia ou neurociência, mas lidar com personalidades distintas, construídas por cada um com base em suas experiências e expectativas. 


Como lidar com essas dualidades internas? Ser bom ou ruim, altruísta ou egoísta, são fenômenos ou manifestações que podem coexistir num mesmo ser?

Lidar com nossos dilemas, nossas emoções, ou melhor, conhecer e reconhecer como nos constituímos. Desse modo, abrir o caminho para o desenvolvimento pessoal em uma jornada conectada com outros. Decerto, estar sozinho não deveria ser uma meta, quando revisitamos tudo que fora vivido.



Fábula dos índios Cherokee


Certo dia, um jovem índio cherokee chegou perto de seu avô para pedir um conselho. Momentos antes, um de seus amigos havia cometido uma injustiça contra o jovem e, tomado pela raiva, o índio resolveu buscar os sábios conselhos daquele ancião.


O velho índio olhou fundo nos olhos do neto e disse: “Eu também, meu neto, às vezes, sinto grande ódio daqueles que cometem injustiças sem sentir qualquer arrependimento pelo que fizeram. Mas o ódio corrói quem o sente e nunca fere o inimigo. É como tomar veneno, desejando que o inimigo morra”.


O jovem continuou olhando, surpreso, e o avô continuou: “Várias vezes lutei contra esses sentimentos. É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não faz mal. Ele vive em harmonia com todos ao seu redor e não se ofende. Ele só luta quando é preciso fazê-lo, e de maneira reta.


Mas o outro lobo… Este é cheio de raiva. A coisa mais insignificante é capaz de provocar nele um terrível acesso de raiva. Ele briga com todos, o tempo todo, sem nenhum motivo. Sua raiva e ódio são muito grandes, e por isso ele não mede as consequências de seus atos. É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar nada. Às vezes, é difícil conviver com esses dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito”.


O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou: “E qual deles vence?”. Ao que o avô sorriu e respondeu baixinho: “Aquele que eu alimento”.









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